sistema solar (jardim do cÉu na terra)

 

Painel sobre o Sistema Solar (pdf)

Sistema Solar em escala (ESTÀ EM MANUTENÇÃO)

 

O nosso Jardim do C éu na Terra possui uma simulação do nosso sistema planetário, o Sistema Solar.

 Se você andar pelas redondezas do observatório (figura 1) verá a presença de alguns totens espalhados pelo campus e que representam alguns dos astros desse sistema, que se encontram em proporção de tamanho fixados nos totens e de distância entre si.

É essa última característica representada que nos proporciona uma bela caminhada pelo campus. Você não está cansado ?! Então vamos fazer essa viagem juntos! A seta na imagem abaixo indica a localização do observatório.

 

 

Figura 1- Sistema Solar em Escala

 

Começamos pelo principal astro do nosso sistema, o Sol, (figura 2) uma estrela anã e amarela que possui aproximadamente cinco bilhões de anos e é ao redor dela que se encontram os outros astros, como os planetas, asteróides, satélites, meteoróides e cometas que estão espalhados em uma região de quase vinte bilhões de quilômetros.

Na nossa comparação, empregamos uma escala de um metro para cada seis milhões de quilômetros tanto para distância quanto para o tamanho dos corpos celestes do Sistema Solar.

 

Figura 2- Totem do Sol e o Sol (Nasa)

 

O Sol é considerado uma estrela. Devido à sua massa, que é de quase 332 959 massas terrestres, achou muito? Na verdade há estrelas que são muito maiores que o Sol, que é considerada uma estrela média. A nossa estrela é basicamente constituída por dois gases: o hidrogênio e o hélio.

Mas como será que algo formado por gases tão leves, pode ter tanta massa e ser tão grande, você já parou para pensar?

O que sabemos é que antes mesmo do Sol e os planetas existirem, havia em seu lugar uma grande nuvem de gás e poeira, conhecida como Nuvem Solar Primitiva que por algum motivo começou a se aglomerar, dando origem a pequenos blocos que por sua vez se juntavam a outros pequenos blocos, formando blocos maiores.

 O aglomerado que se formou primeiro, no centro da nuvem, ficou grande e pesado, adquirindo facilidade de reter os gases a sua volta, o que contribuiu para o aumento do seu tamanho e massa e aos poucos o surgimento de uma estrela: O Sol.

 Acredita-se que 99,9% de toda massa daquela nuvem teria dado origem ao Sol, restando apenas 0,1% para a formação dos demais astros do Sistema Solar.

Os planetas do Sistema Solar são divididos em dois grupos: os rochosos ou telúricos que compreendem a Mercúrio, Vênus, Terra e Marte e aos gigantes gasosos ou jovianos, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno.

Se dermos alguns passos do totem que representa o Sol (~ 9,7 metros), encontraremos o menor planeta do Sistema Solar, Mercúrio. (Figura 3)

 

Figura 3- Totem de Mercúrio e a Superfície de Mercúrio (Nasa - Sonda Messenger )

 

Durante o dia em Mercúrio, a temperatura atinge aproximadamente 430º C e pela noite – 180ºC. Essa diferença deve-se ao fato de Mercúrio não possuir atmosfera, ou seja, o calor entra no decorrer do dia, e praticamente nada é retido pelo planeta.

As primeiras fotos feitas por sondas mostraram o quanto Mercúrio é aparentemente parecido com a nossa Lua, devido a grande quantidade de crateras em sua superfície, porém, quando estudada sua composição química, viu-se maior semelhança com a Terra.

Prosseguindo o nosso passeio, à 108 milhões de quilômetros do Sol...calma, na nossa escala, essa grandeza é representada por 18 metros Ufa! Chegamos em Vênus ( figura 4), está sentindo muito calor!?

Já era de se esperar, Vênus é conhecido como o planeta mais quente do Sistema Solar, com uma temperatura média de 460ºC. Isso porque lá acontece um enorme efeito estufa, ocasionado pela constituição da sua atmosfera, composta principalmente por gás carbônico.

Quando Vênus aparece no céu, é tido como um dos astros mais brilhantes, perdendo apenas para a Lua. É conhecido, popularmente como “Estrela Dalva” e por muito tempo, foi chamado de irmão gêmeo da Terra, por causa do seu diâmetro.

 

Figura 4- Totem de Vênus e o planeta Vênus (APOD - 3/9/205 )

Agora, chegamos à nossa casa, A Terra (figura 5) que está a uma distância média de 150 milhões de quilômetros do Sol, na nossa escala representada por 25 metros. É essa distância que contribui para que ela seja o único lugar no nosso sistema solar com condições de abrigar vida da forma que conhecemos, devido a uma atmosfera rica em nitrogênio e oxigênio e grandes quantidades de água.

Se você olhar para o lado, verá a presença do nosso satélite natural, a Lua, que aparentemente parece muito próxima de nós, mas na verdade entre ela e a Terra caberiam todos os planetas do Sistema Solar. Vale ressaltar, que a Terra é o primeiro planeta a partir do Sol que possui um satélite natural.

 

Figura 5- Totem da Terra e o planeta Terra (APOD - 28/09/2013)

 

O quarto planeta do sistema solar é conhecido por “planeta vermelho” e é um dos planetas mais estudados atualmente devido à recente descoberta de água líquida pela sonda Curiosity. O planeta Marte (figura 6) está a 228 milhões de km (~ 38 metros na nossa escala) e apesar de possuir um inverno rigoroso com temperaturas perto de -140o C é o planeta com o clima mais parecido com o da Terra.

 

           Figura 6- Totem de Marte e o planeta Marte (Nasa - Hubble Space Telescope)

 

Apesar de não estar representado no nosso Sistema Solar em escala, vale lembrar que entre as órbitas de Marte e Júpiter, há um grande cinturão de asteróides. Esses pequenos corpos surgiram daquela mesma Nuvem Solar Primitiva, porém, não encontraram condições para formar um planeta.

Agora a caminhada será mais longa, os planetas gasosos não estão representados no jardim do observatório, eles se encontram distribuídos pelo campus.

Figura 7- Visão parcial do Jardim do Céu na Terra com os planetas de Marte a Mercúrio e o Sol

 

O primeiro planeta gasoso é Júpiter (figura 8), o maior planeta do nosso Sistema Solar, tendo um volume de 1300 vezes maior que o da Terra. A composição desse planeta é bastante semelhante com a do Sol, e ele só não é uma estrela porque não possui a quantidade de massa necessária para elevar a pressão e a temperatura dos gases, não permitindo a produção de reações nucleares.

Júpiter está à 778 milhões de km do Sol, o que corresponde à 129,7 metros na nossa escala. Mesmo tão longe, conseguimos observar com auxílio de um telescópio, uma grande mancha vermelha em Júpiter.  Essa mancha vermelha corresponde a um furacão que foi observado há três séculos, através dela foi possível calcular o período de rotação do planeta (9h54m).

No totem de Júpiter, há também as quatro luas mais famosas do planeta, que são conhecidas como luas galileanas: Io, Europa, Ganimedes e Calisto os primeiros satélites naturais a serem descobertos em Júpiter, no ano de 1610 por Galileu Galilei (1564-1642). Hoje, sabemos que Júpiter dispõe de 67 luas! É campeão também nesse quesito.

 

               Figura 8- Totem de Júpiter e o planeta Júpiter (Nasa)

 

Se percorrermos a distância 1,4 bilhões de km (~ 233 metros) do Sol chegaremos em Saturno (figura 9), o segundo maior planeta do Sistema Solar, e bem conhecido pelos seus anéis.

Esses anéis são formados por uma mistura de gelo, poeira e rocha e ao contrário do que se pensa, não é só Saturno que tem o privilégio de ter anéis, isto é, todos os planetas gasosos, Júpiter, Urano e Netuno, também os possuem. Mas porquê não os vemos?

Na verdade, ao olhar por um telescópio ou até mesmo nas imagens divulgadas na mídia, não vemos anéis, a não ser em Saturno. Isso acontece, pois através de uma análise espectroscópica concluiu-se que há abundância de gelo nos anéis de Saturno. Este gelo, por sua vez, reflete a luz do Sol, o fazendo visível.

 

Figura 9- Totem de Saturno e o planeta Saturno (Nasa)

 

O próximo planeta gasoso é Urano (figura 10) que está há 3 bilhões de km de distância em relação ao Sol (~ 500 metros na nossa escala!) . Foi descoberto no dia 13 de março de 1781, pelo astrônomo Willian Herschel (1738-1822).

Uma peculiaridade desse planeta é a sua inclinação, ele gira deitado!! Isso mesmo, Urano gira em torno de um eixo com uma inclinação de 97,7 graus em relação a perpendicular ao plano de sua órbita em torno do Sol.

Uma das hipóteses mais aceita para tal comportamento é a ocorrência de uma colisão primordial: No início da sua vida, Urano teria se chocado com um corpo do tamanho da Terra, isso explicaria seu eixo tombado!

 

               Figura 10- Totem de Urano e o planeta Urano (APOD - 26/8/2001 )

 

Finalmente, chegamos ao último planeta do Sistema Solar! Netuno (figura 11) que está a 4,5 bilhões de km de distância do Sol (~ 750 m).

Foi descoberto devido algumas perturbações verificadas na órbita de Urano, tais perturbações só poderiam ser explicadas pela presença de outro corpo com massa similar.

Netuno apresenta uma das superfícies mais turbulentas do Sistema Solar, com ventos que podem chegar a 2000 km//h.

Assim como Júpiter, Netuno possui um furacão, o qual recebeu o nome de Grande Mancha Escura. Contudo, tal furacão, em Netuno, não é mais visível.

 

Figura 11- Totem de Netuno e o planeta Netuno (Nasa)

 

Peraí acabou? Não está faltando nada? Com toda certeza você estava esperando a hora de Plutão !? Pois bem, atualmente Plutão não é mais considerado um planeta, isso porque este pequeno corpo não consegue dominar a sua órbita. Dominar sua órbita?

Vamos lá! Plutão está em uma região repleta de asteróides, um lugar chamado Cinturão de Kuiper e por isso ele não consegue ser o corpo mais massivo de sua órbita, dessa forma ele não a domina. Diferente de Netuno, que também está localizado nessa região. Plutão, hoje, faz parte de uma nova categoria de corpos celestes, os chamados Planetas Anões.

Nosso passeio chegou ao fim!  Mas antes... Uma pergunta! Você lembra do nosso Sol, pertinho do observatório? Se fizéssemos um totem representando Próxima Centauri, a estrela mais próxima do Sol. Onde a colocaríamos?

Pasmem...teríamos que pegar um avião para chegar até esse totem, que ficaria no México.

Por fim, se você estiver passeando por São Carlos, venha pessoalmente conhecer o nosso Sistema Solar em escala!

 

Por: Tamires Cristina Souza

Revisão: Jorge Honel

 

 Imagens: www.nasa.gov

                http://www.cdcc.usp.br/cda/