Painel sobre o Totem Lunar (pdf)
Totem Lunar
O satélite natural da Terra, a Lua, possui um diâmetro de 3475 km, cerca de um quarto do tamanho da Terra, e está a uma distância média de 384400 km do nosso planeta.
Por ser o astro mais próximo da Terra, foi um dos primeiros alvos de projetos espaciais e o único lugar que o homem visitou fora da Terra. Mas não se engane, mesmo sendo o astro mais próximo, ainda sim, a Lua está bem distante do nosso planeta, entre ela e a Terra caberia todos os planetas do nosso sistema solar! (Figura 1)
Figura 1- Distância entre a Terra e Lua
Crédito: http://laughingsquid.com/every-other-planet-in-the-solar-system-would-fit-between-the-earth-and-moon/
Há algumas teorias que explicam o seu surgimento, mas a grande maioria dos astrônomos acredita que há aproximadamente 4,5 bilhões de anos, houve uma colisão entre um planeta do tamanho de Marte e a jovem Terra, essa colisão teria resultado fragmentos rochosos dos dois corpos que, por sua vez, teriam formado um anel em torno da Terra que, com o tempo, teria se juntado e resfriado gradativamente, formando, dessa forma, um grande corpo celeste, a nossa Lua, a Lua da Terra.
Tendo em vista o seu destaque no céu, quando a observamos podemos verificar que sua aparência muda no decorrer dos dias, mas como e por que isso acontece? Um dos dispositivos do nosso Jardim do Céu na Terra é a representação das fases da Lua, nele podemos observar o aspecto que a Lua adquire em cada fase.
Quando nos referimos às fases da Lua, logo nos vêm à mente as famosas quatro fases: a nova, a quarto crescente, a cheia e a quarto minguante, e são apenas essas consideradas as principais que estão representadas no dispositivo.
Apenas? Isso mesmo, as fases da Lua não são contáveis, elas são infinitas, pois a cada pequeno movimento que esta realiza ao redor da Terra, eis que surge uma nova fase. (Figura 2)
Então, podemos classificá-las da seguinte forma: as fases que sucedem a fase nova são chamadas de crescentes, até chegar à fase cheia, após isso, as fases são chamadas de minguantes, até chegar à fase nova. Fácil, né?
Figura 2- As várias fases da Lua
Crédito Prof. Roberto Boczko
As fases indicadas em nosso dispositivo são de baixo para cima: Lua Nova, Lua Quarto Minguante, Lua Cheia e Lua Quarto Crescente. (Figura 3)
Figura 3- Totem Lunar
Credito: ODS-CDA-CDCC-USP
Mas afinal, por que vemos a Lua de várias formas? Às vezes ela está pela metade como muitos afirmam, outras vezes ela aparece “toda” iluminada, e há ainda momentos em que, aparentemente, nós não somos privilegiados pela sua presença visual.
Primeiramente, sabemos que a Lua é um satélite natural, sendo assim, esta não possui luz própria. Falamos então, que a Lua possui uma face não iluminada e outra iluminada que está voltada para o Sol, o mesmo processo que acontece com a Terra, proporcionando para nós, o dia e a noite.
Chamamos de fase da Lua, a quantidade da face voltada para o Sol que também está voltada para a Terra, e que, pode aparecer para nós inteiramente iluminada, parcialmente ou não iluminada.
Ao girar em torno da Terra (Figura 4), a Lua é iluminada pelo Sol de diversas maneiras, é por isso que se observarmos a Lua durante um mês aproximadamente, o período que ela leva para dar uma volta completa em torno da Terra, nós veremos que sua aparência muda gradualmente.
Figura 4- Fases da Lua
Crédito: André Luiz da Silva
Através da figura 3 conseguimos entender o porquê não vemos a Lua em sua fase Nova. Nesse momento a Lua estará em uma posição onde a metade não iluminada está voltada para nós aqui da Terra.
Com o passar dos dias, a parte iluminada dela, que vemos no céu, vai crescendo e, em aproximadamente sete dias, eis que surge a chamada Lua Quarto Crescente. (Figura 5) Mas por que quarto, já parou para pensar?
Figura 5- Lua Quarto Crescente
Crédito: Virtual Moon Atlas (http://www.ap-i.net/avl/en/start)
Ainda na figura 3, vemos que nessa fase a Lua também está sendo iluminada pela metade, acontece, porém, que não é toda essa metade que está voltada para a Terra.
Dessa maneira, conseguimos ver apenas uma parte dessa metade, falamos que vemos metade da metade iluminada da Lua, por isso o nome, quarto crescente.
Depois de alguns dias, se olharmos para o céu, veremos a famosa Lua Cheia, agora sim, um observador terrestre verá toda metade da Lua que está iluminada. (Figura 6)
Figura 6- Lua Cheia
Crédito: Virtual Moon Atlas
Por fim, a parte iluminada que enxergamos vai diminuindo gradativamente, até chegar à Fase Quarto Minguante. (Figura 7).
Figura 7- Lua Quarto Minguante
Crédito: Virtual Moon Atlas
A partir daqui, a Lua continua sua trajetória em torno da Terra, recomeçando o ciclo. Um ciclo completo das fases dura 29,53 dias, que definimos como sendo um mês lunar sinodico. Repare que o período entre dois Quartos Minguantes ou entre duas Luas Cheias sempre será de 29,53 dias.
Uma característica peculiar da Lua é seu movimento de revolução, isto é, o movimento que ela realiza ao redor da Terra e o movimento de rotação referente ao movimento em torno de si mesma. Esses dois movimentos são sincronizados. Isso faz com que vejamos sempre a mesma face da Lua.
Ficou curioso para ver a face oposta da Lua!? Olha a bela imagem obtida pela câmera do satélite DSCOVR (Deep Space Climate Observatory, ou Observatório Climático do Espaço Profundo).
Figura 8- A fase oculta da Lua
Crédito: https://www.youtube.com/watch?v=t3_1Ju5knGU
Uma maneira fácil de reconhecer as fases da Lua deve-se à semelhança da sua parte iluminada com algumas letras, por exemplo, nas fases crescentes, a Lua faz um C, nas minguantes, um D, essa regra só é válida para determinadas regiões do hemisfério Sul. Para quem mora no Macapá capital do Amapá, essa regra não é válida. Agora você já sabe como identificá-las, não é mesmo?
Autora: Tamires Cristina de Souza
Revisão: Jorge Honel